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A Astrologia na Idade Moderna

Com a imprensa (séc. XV) vários textos produzidos na Idade Média são salvos do desconhecimento...

Por Texto de: Maurício Bernis - [email protected] - em 12/04/2023 às 10:33:40

Imagem de ilustração

A partir do Renascimento (séc. XVI), a Astrologia retorna à popularidade e muitos reis, nobres e membros do clero consultam seus astrólogos particulares, de forma aberta, e as obras astrológicas voltam a ser escritas.

Com a imprensa (séc. XV) vários textos produzidos na Idade Média são salvos do desconhecimento. A maioria dos trabalhos escritos depois de 1.400, passam a ser impressos e divulgados.

Nesse período há um grande desenvolvimento em todos os campos da ciência e vemos o interesse de grandes pensadores e cientistas pela Astrologia. A seguir citaremos alguns deles e suas principais obras.

Regiomontanus (1.436/1.476), estudou o grego para poder analisar os textos de Ptolomeu, pois no seu tempo só haviam as traduções árabes. Traduziu o "Almagesto", publicou Efemérides corrigidas e no seu "Tratado de Astrologia" criou um novo sistema de cálculo de casas zodiacais, que reformou o sistema Campanus (casa iguais).

Abraham Zacuto (1.452/1.515), professor da Universidade de Salamanca, escreveu o "Tratado das Influências do Céu", que aborda a Astrologia médica.

Nicholas Copérnico (1.473/1.543), astrônomo que comprovou que o Sol era o centro do nosso sistema planetário, também se dedicou à Astrologia e à Medicina, embora omitam esses dados em sua biografia.

Guaricus (1.476/1558), astrônomo, professor de matemática e um dos astrólogos mais respeitados na sua época. Infelizmente suas obras permanecem em latim, mas foram estudadas por muitos. Publicou entre outras obras um tratado de Astrologia e um resumo de Astrologia médica, nos seus estudos expõe numerosas cartas natais com os acontecimentos ocorridos aos nativos, também escreveu sobre Astrologia Mundial.

Paracelsus (1.493/1.541), dedicou-se à medicina e outras ciências ocultas como magia, alquimia e misticismo. Com relação à Astrologia escreveu "Opus Paramirum", "Magna Astronomia" e "Liber Paragranum" e "Prognosticaciones".

Nostradamus (1.503/1.556), médico, cuja obra é famosa mundialmente "Profecias" demonstra grande conhecimento astrológico, embora digam que ele utilizava a astrologia apenas para apoiar os acontecimentos que percebia através da vidência. Era médico e conselheiro de Catarina de Médicis.

Kepler (1.571/1.630), astrônomo e astrólogo, fazia horóscopos para o Imperador da Germânia Rudolph II (rei da Hungria e da Boêmia). Editou Efemérides segundo suas observações astronômicas e escreveu várias obras astrológicas, destacando-se "Harmonices Mundi", no qual trata, entre outros temas, das configurações harmônicas e da intensidade dos Aspectos Astrológicos.

A Astrologia na renascença era matéria de algumas Universidades como a da Áustria, contudo já naquela época, haviam muitos críticos a ela e é neste período que termina por ser desconsiderada como ciência. Por isso, muitas biografias de cientistas famosos ocultam o estudo da Astrologia.

No período intermediário entre a Renascença e a Idade Moderna destacamos duas figuras ligadas à Astrologia Morin de Villefranche e Isaac Newton.

Morin (1.583/1.656), astrólogo e médico, foi astrólogo da corte de Luís XIII, sendo consultado pela alta nobreza e outras personalidades, entre elas o Cardeal Richelieu. É considerado um dos fundadores da Astrologia Moderna, expondo, pela primeira vez, os fundamentos astrológicos de maneira sistemática. Seu principal trabalho é "Astrologia Gallica", com 26 volumes, tratando-se de um estudo completo de Astrologia. Escreveu outras obras entre elas "Remarques Astrologiques" que são comentários aos aforismos do "Centilóquio" de Ptolomeu.

Ponto de destaque de seu trabalho está na sistematização das técnicas de interpretação e previsão das cartas natais.

Newton (1.642/1.727) físico notável, segundo dizem estudou matemática com a finalidade de comprovar a astrologia judiciária. No final de sua vida dedicou-se, exclusivamente, à Astrologia e outros estudos esotérico tendo uma sobre as profecias de Daniel e sobre o Apocalipse de São João (1733); muitos desses trabalhos não foram publicados pelo medo de ser ridicularizado.

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